quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ação conjunta da Funai e Ibama apreende material de pesca ilegal em terra indígena

Foto: Edmir Amanajás/Funai Tucumã

 A operação teve início dia 22 e teve apoio da prefeitura de São Félix do Xingu/PA


A Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Saneamento de São Felix do Xingu/PA (Semas), apreederam um ônibus de excursão, barcos a motor e equipamentos de pesca dentro da Terra Indígena Kayapó, no Pará. Foram apreendidos ainda dois barcos de pescadores locais que organizavam e davam suporte logístico a um grupo de pesca esportiva. Esses barcos foram localizados pela equipe, escondidos em igarapés que dão acesso ao rio Xingu, na tentativa de fuga da fiscalização federal.

A ação fez parte da “Operação Jaú” de combate à atividade de pesca ilegal, iniciada na última sexta-feira, 22 de junho, ao longo do Rio Xingu. Os autos de apreensão foram realizados pela Semas, sendo recolhida uma tonelada de peixes como Tucunaré, Fidalgo, Jaú, Pintado, Pirarara, Piranha Branca, Piranha Vermelha, Trairão, Barbado, Bicuda e Surubim. Entre os equipamentos apreendidos estão: um gerador a diesel, sete voadeiras com motor de popa, dois barcos e todo o material de pesca. A Polícia Federal ouviu os pescadores e ficará responsável por abrir inquérito para apuração dos fatos.

O pescado apreendido foi doado a instituições como hospitais e escolas do município. Todo o material de pesca será encaminhado às comunidades indígenas do rio Xingu: Kokraimoro, Pykararankre, Rikarô e Kawatire. Os barcos e voadeiras serão destinados à fiscalização e ao auxílio no transporte de indígenas e professores das aldeias.

Foto: Edmir Amanajás/Funai Tucumã
Ao final da operação, as lideranças indígenas das aldeias do rio Xingu, em reunião com o coordenador da Funai em Tucumã, Odenildo Coelho da Silva, conversaram sobre possíveis medidas a serem adotadas para prevenção à pesca ilegal. Uma dessas medidas é o cadastramento de indígenas como pescadores tradicionais, por meio da Semas, garantindo o recebimento de auxílio defeso durante o período da piracema e criando a conscientização das comunidades sobre a necessidade de proteção dos estoques de peixes em seu território. O cadastramento dos indígenas como pescadores abre a possibilidade de receberem acompanhamento técnico, capacitações e assistência na compra e venda do pescado no mercado municipal, evitando disparidades.

Operação
As operações de fiscalização e combate à pesca ilegal realizadas pela Coordenação Regional da Funai em Tucumã ocorrem de forma sistemática desde 2010, principalmente contra a pesca de peixes ornamentais, como as “arraias de fogo” (Potamotrygon orbignyi, Potamotrygon leopoldi e Paratrygon aiereba). Essas espécies têm sua distribuição na bacia do rio Xingu e são altamente apreciadas por colecionadores internacionais, o que eleva o preço e incentiva a prática da pesca ilegal.

No primeiro semestre de 2012, a Coordenação Regional de Tucumã realizou uma série de levantamentos sobre a atividade de pesca ilegal em terra indígena, dessa vez ligada à prática esportiva, que se intensifica na temporada de veraneio entre junho e setembro. A partir desses levantamentos, a Funai entrou em contato com pescadores e comunidade indígena informando sobre os aspectos legais relacionados ao ingresso de pessoas não autorizadas e a proibição da pesca no interior de terras indígenas, como forma de prevenir o ilícito.

Após a operação Floresta Livre, realizada na segunda quinzena de junho no município de Cumaru do Norte/PA, a equipe da Funai seguiu para a cidade de São Felix do Xingu a fim de averiguar denúncias sobre a presença de pescadores no interior da Terra Indígena Kayapó. Em sobrevoo com helicóptero do Ibama, foi identificado um grupo de pescadores acampados a cerca de 18km da aldeia Pykararankre. A equipe da Funai monitorou o deslocamento dos pescadores, que se retiraram do interior da Terra Indígena Kayapó após o sobrevoo, sendo abordados na chegada à marina da cidade.

 
Fonte: Coordenação Regional de Tucumã/Funai

terça-feira, 26 de junho de 2012

Índios Rikbaktsa e Cinta Larga participam de capacitação para beneficiamento de castanha


Foto: Funai/Juína
Seleção final da castanha
A Coordenação Regional da Funai em Juína-MT, em parceria com o projeto Pacto das Águas/Petrobras Ambiental, promoveu oficina de secagem de castanha do Brasil para capacitar índios Rikbaktsa e Cinta Larga quanto as boas práticas de manejo e secagem da castanha. A capacitação foi realizada entre os dias 18 e 20 de junho, na aldeia Barro Vermelho, na Terra Indígena Erikbaktsa, localizada no município de Brasnorte-MT. 

Osindígenas aprenderam práticas de manejo que vão desde a coleta, seleção e lavagem, na floresta, até a secagem manual e armazenamento, nas aldeias. Os procedimentos adequados melhoram a qualidade do fruto e minimizam o risco de contaminação por fungos, o que acarretará maior aceitação do produto no mercado consumidor. Os participantes tiveram também noções de boas práticas no manejo da seringueira, outra atividade tradicional daquelas comunidades.
Foto: Funai/Juína
Carregamento do secador rotativo

O objetivo principal do curso foi capacitar os indígenas envolvidos para a correta operação do secador rotativo industrial, equipamento doado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento) para a Associação Indígena Rikbaktsa. O secador possibilitará o beneficiamento de cinco toneladas do produto por dia, com a previsão de atender à demanda da safra 2012/2013, estimada em mais de 140 toneladas de castanha, que já tem certificação internacional de produto orgânico.

Além dos indígenas e técnicos do Projeto Pacto das Águas, participaram da oficina servidores e chefes de Coordenações Técnicas Locais das Coordenações Regionais da Funai em Juína-MT e Cacoal-RO.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Funai e Incra retiram famílias de não índios de área indígena

Fonte: Agencia Brasil

Comentar A Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) iniciaram nesta sexta-feira a retirada de 11 famílias de não índios da Terra Indígena Boa Vista, no município de Laranjeiras do Sul, região centro-sul do Paraná. Elas serão realocadas em dois assentamentos localizados em Londrina, norte do Estado.

A Funai indenizará as famílias retiradas pelas benfeitorias deixadas em cada lote. Já o Incra, além de providenciar a mudança, vai arcar com os novos lotes e liberar linhas de financiamento aos reassentados.

O superintendente regional do Incra no Paraná, Nilton Bezerra Guedes, afirmou que a operação irá colaborar para diminuir a tensão entre índios e não índios na região. "Vamos procurar mais terras para assentar mais 80 famílias de pequenos produtores rurais que ainda permanecem no local", declarou.

Mais de 150 pequenos, médios e grandes produtores rurais ocupam áreas dentro do território indígena, da etnia Kaingang. A terra indígena tem ao todo uma área superior a 7 mil hectares. A área que está sendo desocupada mede 120 hectares.

Os trabalhos de relocação prosseguem neste sábado, quando o Incra fará reuniões com os produtores rurais e com os índios.



quarta-feira, 6 de junho de 2012

Exposição Fotográfica Krahô Vivo


Começa hoje (06), a Exposição Fotográfica Krahô Vivo, no Centro Cultural do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Krahô Vivo traz uma abordagem e um olhar carinhoso da vida cotidiana dos indios Krahôs no território indígena do Estado do Tocantins, registrado pela fotógrafa Gisa Muller, que vivenciou um pouco de sua cultura, traços e expressões, trazendo assim, um compartilhar de algumas de suas tradições de forma poética em imagens.

A amostra irá trazer um retrato fotográfico de um panorama diário nas aldeias, convidando o expectador a um mergulho no universo indígena Krahô, observando em foco sua cultura e tradições.

Os indígenas Getúlio Kroakrai e Francisco hynõ, ambos da Aldeia Manoel Alves do Tocantins, irão participar da abertura do evento, às 18h:30.

Mais Informações:

O que: Exposição Fotográfica Krahô Vivo – da fotógrafa Gisa Muller

Onde: Centro Cultural do Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Brasília

Período de visitação: De segunda à sexta-feira, até dia 27 de junho 2012

Horário: 9h às 19h

Quanto: Visitação gratuita.